terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sentidos a mil em Istambul


Sentidos a mil em Istambul – Parte 1

Belezas, riquezas e um pouco de gastronomia

É na região de Sultanahmet, também conhecida como Cidade Velha, que está o maior número de atrações históricas em Istambul. Saímos da Praça de Taksim (que mencionamos no último artigo), e estamos indo até a Praça de Sultanahmet. Na Praça, que já foi o Hipódromo de Constantinopla, estão dois dos mais significativos monumentos da cidade: A Basílica Santa Sofia e a Mesquita Azul, que se encaram frente a frente separadas por uma área ajardinada, a Praça de Sultahmet.

A Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia, é um imponente edifício construído entre 532 e 537 pelo império bizantino, para reafirmar o poder do cristianismo. Convertida em mesquita pelos otomanos, ganhou minaretes (as torres de onde os fiéis são convocados às orações) e elementos islâmicos que esconderam os mosaicos de cenas bíblicas. Em 1935, foi declarada museu, como forma de preservar, sem conflitos, sua importância para cristãos e muçulmanos. 


Basílica de Santa Sofia

Atualmente, nas paredes do templo, convivem harmonicamente lado a lado reproduções das antigas pinturas bizantinas, feitas à mão com as inscrições islâmicas. Oito Painéis trazem os nomes de Alá, Maomé e os quatro califas. Santa Sofia é uma síntese perfeita de onde se pode observar os efeitos bizantino e otomano sob sua enorme cúpula, literalmente seu ponto alto.



Cúpula da Basílica de Santa Sofia e quatro dos painéis citado acima

Vale ainda observar o Omphalion, que é um mosaico em placas de mármore, desenhado na parte central do chão, local onde aconteciam as coroações dos impérios bizantinos e onde se sentava o imperador durante as cerimônias da igreja.

Na basílica existe a chamada Coluna dos Desejos, situada entre dois pilares, que provocam aglomerações de turistas buscando fazer seus pedidos/desejos, circulando seu dedo em um buraco rodeado de placas de bronze. Dizem que quem enfia o dedo e gira no sentido horário, tem seus desejos realizados. Verdade ou não, eu também fiz meus pedidos, claro!


Eu fazendo meus pedidos na coluna dos desejos

E então, rivalizando em beleza com a Basílica, triunfando em harmonia e elegância, eis que surge a sua frente a Mesquita Azul, construída em um estilo clássico otomano, quase um milênio depois da basílica, a mando do Sultão Ahmet, que quis construir uma mesquita maior, mais imponente e mais bonita do que a Igreja de Santa Sofia.



Mesquita Azul (Foto by Priscylla Spencêr)

E assim a fez, com 6 minaretes, uma proeza praticamente insuperável àquela época. O seu magnífico exterior não faz sombra a seu suntuoso interior. Uma verdadeira sinfonia de belos mosaicos de Iznik, cidade famosa pela produção milenar de peças artesanais de cor azul – daí o nome da Mesquita.
Mais de 50 tipos de tulipas (flor símbolo da Turquia – por isso usei este símbolo na marca Pashmina’s Boutique – mais tarde, em outro artigo, falarei detalhes sobre a criação da Pashmina’s Boutique) são representados nos azulejos, enaltecidos pela luz natural que provém das janelas trabalhadas e dos candelabros dispostos em círculos. São também as flores que estampam o enorme tapete vermelho.

Mesmo com todo o apelo turístico, somente os mulçumanos podem ficar dentro da mesquita durante as cinco orações diárias. Além disso, não é permitido circular por ali com decotes, saias, bermudas, calças justas e cabeça descoberta. Se você estiver desprovida de um lenço para cobrir a cabeça, não se preocupe, lenços são distribuídos gratuitamente na entrada, bem como, sacos plásticos para os calçados. Também não se pode entrar com sapatos nas mesquitas.

Ali perto, quem reina em absoluto é o Palácio de Topkapi, às margens do Bósforo, mas sobre ele falaremos na segunda parte desse artigo. E tem gastronomia também! Hummm... Aguardem! ;)
Até mais!

Pri Spencer



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